Notícias - Economia

07-10-2010 08:03


Investimento recorde em tecnologia limpa causa desconfiança


  

 

Grandes volumes de capital vêm sendo investidos em áreas ligadas a sustentabilidade e há indícios de que uma ''bolha verde'' está em formação. Sob este aspecto, a inédita valorização no mercado de créditos de carbono é um dos fatos que corrobora essa tese.  

Composto por créditos - certificados que comprovam medidas adotadas para a redução da emissão de poluentes -, nesse mercado predominam as negociações em bolsa de valores por empresas mais bem-sucedidas em suas políticas ambientais e  que vendem o excesso de crédito para outras, que compram para se adequarem as metas ambientais governamentais nos países em que operam.

 Recentemente, o oceanógrafo americano John Martin ganhou notoriedade por pesquisas feitas a duas décadas. A teoria do cientista defende que a poeira de ferro estimula o crescimento de plânctons, organismos aquáticos que tem alto poder de captar carbono na atmosfera. Investidores se interessaram e John abrirá uma empresa de venda de crédito de carbono com o capital arrecadado, apesar do único fato concreto da futura empresa ser sua teoria.

 Esse é apenas um exemplo da variedade de empresas especializadas em venda de crédito de carbono que estão surgindo a uma rapidez que alguns analistas consideram insustentável à longo prazo. Com a volta da teoria na imprensa, começaram rumores a respeito da viabilidade de uma fertilização do oceano de modo a reduzir a temperatura do planeta. 

Levando em consideração as possíveis relações a serem tecidas a partir deste desenvolvimento, destaca-se a importância de um planejamento adequado para a aplicação de tal sistema visando à criação de novos empregos em comunhão com a preservação dos recursos naturais.