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Ascensão verde já tem protagonista

A performance surpreendente de Marina Silva nas eleições de 2010 é, mais que um elemento decisivo na escolha do próximo Presidente da República, um reflexo direto das tendências sócio-ambientais, já presentes em diversas outras áreas da sociedade, na política.

Vale destacar como seu desempenho é um claro exemplo do impacto das propostas atreladas ao meio ambiente na geração  jovem. Através de um discurso consciente e acessível, Marina trouxe reais perspectivas de mudanças no pouco tempo que lhe foi cedido pela propaganda eleitoral obrigatória.

Sob esse prisma, constata-se a importância das temáticas voltadas a sustentabilidade e ao equilíbrio das relações humanas com a natureza.  Apesar de sua recente constituição, a corrente que  defende a aplicabilidade do Ethos Civilizacional tem ganho adeptos por reconhecer que as divergências são enriquecedoras e imprescindíveis para  a convivência humana. Neste sentido, Marina atuou como um elo político entre os defensores dos direitos humanos e ambientais que propuseram modificações no sistema mecanicista que age em detrimento dos valores éticos e propriamente humanos das sociedades.

 As ideias de Marina estão inclusas na ideologia do ETHOS civilizacional e funcionam como um contraponto ao modo de produção do ETHOS produtivo. As ecologias sugeridas por ela são essenciais para o funcionamento das ideias holísticas, que defendem um crescimento econômico e do indivíduo voltado para a harmonia desses no ambiente em que vivem.

 Como consequência da produtiva campanha de Marina, os adeptos da 'causa verde' vêem um novo passo no caminho dessa ideologia que tem como objetivo descreditar o paradigma cartesiano.