Dinamarca: exemplo de matriz energética renovável

 

A inovação e a utilização da mais sofisticada tecnologia disponível na obtenção de energia eólica foi o caminho utilizado pela Dinamarca para  a construção de uma matriz energética renovável.

 

O pioneirismo foi determinante para a consolidação da liderança global em pesquisa no setor eólico. Ainda no início da década de 1970, a estratégia de investimento do governo dinamarquês para acabar com a dependência do petróleo, no meio de uma crise na época, foi posta em prática, com grandes subsídios e financiamento público para a viabilização do ambicioso projeto. Em 2010, 40 anos após o primeiro esboço, a Dinamarca goza de grande prestígio no setor, responsável por 90% da exportação de energia do país, 20.000 empregos e 40% do mercado mundial de energia eólica.

 

Cidadãos comuns podem entrar nos projetos, compondo cooperativas. Desse modo, vários acionistas minoritários detêm a maioria do capital de algumas usinas e o governo evita monopólios que prejudicariam a concorrência e encareceriam o custo final para os consumidores. Apesar de bem sucedido, o modelo conta com vários problemas para a implantação, como a desocupação de áreas gigantescas devido ao grande ruído emitido pelos geradores. Ainda sob essa perspectiva, outras questões a serem debatidas é como e onde descartar as baterias desse maquinário - já que são feitas de lítio e podem poluir o meio ambiente -, o impacto visual e a interferência eletromagnética que as pás do aparelho causariam.

 

Todo o lucro obtido nas usinas construídas pelo governo é revertido para projetos que beneficiam a população e bolsas para incentivo ao estudo e pesquisa em várias áreas da ciência, sem restrição  do conteúdo para o setor energético.O próximo grande objetivo é  aumentar o percentual de geração de energia renovável de 35% nos próximos 10 anos e 50% até 2025.